sexta-feira, 12 de março de 2010

ENTREVISTA COM A BANDA GALÁPAGOS


FCO: Pedro, conte pra gente de onde você busca inspiração para escrever suas letras. Existe algum lugar ou hora que sejam mais apropriados para compor?

Pedro:
Tem muita gente que busca inspiração em vários lugares diferentes, eu confesso que ainda estou aprendendo a fazer isso. Sou muito introspectivo, geralmente tenho mais facilidade em falar de mim mesmo! Mas ainda acho isso muito pouco... To meio cansado das canções de amor, quero escrever sobre coisas diferentes... Um dia eu chego lá! Quanto a lugares e horários, geralmente as madrugadas são muito produtivas, mas às vezes pinta musica do nada no decorrer do dia e acabo perdendo... Tenho vários refrões pela metade gravados no celular

FCO: E entre suas composições existe alguma música preferida? Por que?

Pedro:
Poxa eu acho que essa é a mais difícil... As músicas são retratos de momentos e sensações que tive. Como todo romântico eu sofro muito por amor, por mais piegas que seja, e por mais galinha que eu possa parecer para vocês às vezes, quando eu gosto, GOSTO MESMO... Minha favorita, muito, MUITO sofrida é "O Melhor Que Eu Posso Ser" Acho que todo compositor diz na música o que não teve coragem de dizer na cara, essa música é um exemplo disso, um desabafo pra alguém que eu quero que me escute, mesmo que na forma musical!

FCO: A música "Novembro" tem obtido uma boa resposta do público. Qual é a história dessa música e qual foi à inspiração para escrever a letra?

Pedro:
A Música Novembro não foi oficialmente lançada ainda, nem foi gravada, estamos experimentando ela nos shows e o resultado tem sido FANTÁSTICO... Robledo Silva, nosso produtor e tecladista do Capital Inicial gosta muito da música e eu me sinto muito orgulhoso ao menos pelo sucesso que ela fez com ele! Outro dia uma amiga me ligou chorando porque tinha visto a música no youtube. Acho que isso é o mais legal, espero que vocês se emocionem tanto quanto eu me emocionei escrevendo!

FCO: HD, vocês montaram a banda pouco mais de um ano atrás. Agora irão lançar seu primeiro disco e o número de fãs cresce a cada dia. Vocês conversam entre si sobre isso? A ficha caiu?

Américo HD: Na real, conversamos muito... A ficha que cai dia após dia é que temos que ter o MAIOR carinho do MUNDO com nossos fãs (recentes e antigos), pois eles são o motivo de todo o nosso esforço pra amplificar nossa mensagem. Com o disco a mesma coisa e carinho.

FCO: A banda está prestes a lançar um Cd. Vocês já podem adiantar alguma informação dele para nós. O disco já tem nome?

Américo HD: O disco não tem nome ainda e ainda não fechamos o repertório também.

FCO: Diga para a gente qual é o passatempo predileto da banda, quando não está em cima do palco ou em ensaiando.

Bernardo: Adoramos ir pra casa do Fê ou do Erlan ficar lá conversando, tocando violão e compondo coisas novas ou quando não fazemos isso, saímos para um barzinho a procura do Rock And Roll para prestigiar a galera que toca na noite e ao vivo. Meu passatempo é tocar violão em qualquer lugar que tenha um, eu não consigo ver e ficar parado. Até que as pessoas ficam bravas e tiram da minha mão. [risos]

FCO: Por serem muito novos vocês ainda pensam em seguir uma carreira sem ser a de músico?

Bernardo:
Temos a banda como plano principal de vida e é o que queremos, mas estamos estudando e abrindo a cabeça. É importante ter um Plano B!

FCO: Vocês fazem algum ritual antes de entrar no palco?

Erlan:
Não é algo que se pode considerar sagrado entende? Mas em quase todos os shows que já fizemos até hoje, sempre nos reunimos e cada um fala alguma coisa, ou faz alguma recomendação. Diria que cada um separadamente tem o seu ritual; Os irmãos Fázio, por exemplo, se benzem sempre e ficam regulando os pedais e pirando por sempre acertar o melhor timbre. Pouco antes do show, eu me desligo de tudo e todos; alguns até perguntam se eu estou bem! hehe, mas é porque começo a me concentrar, avaliando o local, o público, para saber como lidar com a galera. Dou uma alongada, faço meu aquecimento vocal e quando chega a hora de subir eu jogo pra fora toda aquela energia que guardei até aquele momento.

FCO: Vocês pensam no Galápagos como um projeto de longo prazo?

Erlan:
Penso que ninguém começa algo em vida pensando que vai durar até a próxima semana. Se não, seria mais fácil nem começar. E com A Galápagos não é diferente.
O prazo, literalmente falando, pra nós é o que menos importa. Somos felizes por estarmos os 5 juntos, fazendo música, nos divertindo com a nossa verdade, e passando alguma mensagem para as pessoas que acompanham o nosso trabalho. Experiência = tempo = longo prazo, e o nosso prazo nunca teve dimensão.
Que seja eterno até a última nota.

FCO: Que som faz a cabeça do Galápagos hoje me dia?

Fernando:
É muito difícil dizer o que faz a nossa cabeça no momento porque estamos em constante aprendizado e temos gostos muito diferentes. Sempre ouvimos coisas novas e tentamos incorporar no nosso som aquilo que nos emociona de certa forma. Posso dizer que passa por Paramore, John Mayer, Incubus, Maroon 5 entre outros!

FCO: O que os fãs podem esperar do Galápagos daqui pra frente?

Fernando:
O que dá pra esperar do Galápagos agora é um amadurecimento musical e de conteúdo também. Nós queremos falar de coisas que não se fala por aí... Pelo menos não do jeito que se fala por aí. Esse primeiro EP no qual já começamos a trabalhar vai vir pra mostrar o que fizemos de melhor até agora!

Por Camila: 12/O3/2O1O